"Hoje eu sou um amontoado de coisas.
Um nada.
Hoje eu sou a Dama da Noite de Caio Fernando Abreu; sou Geni após o zepelim; sou todas as mulheres de Chico Buarque.
Hoje eu sou um tiro no escuro; sou uma apalpadela na multidão em pleno carnaval; sou a virgem que se descobre sozinha no quarto; sou a puta que reza chorando.
Hoje, só hoje, eu sou o vento batendo leve no seu rosto; sou manco, cocho; sou bandido que rouba flores.
Hoje, e só por hoje, sou o calor do sol derretendo a neve; sou a água empoçada da chuva; sou o bolinho de chuva que ninguém comeu.
Hoje, a começar por hoje, eu queria
ser só eu." (Beatriz Galvao)
Um comentário:
Nossa muito lindo, muito forte.
As vezes nos temos mil faces dentro de uma só.
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