terça-feira, 29 de setembro de 2009

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sou só amor...


Sou só amor:
Enquanto repousas
Sobre meu corpo saciado,
Percorro teu corpo suado
Com dedos leves e toques sutis
A te agradecer por ser tão feliz!

Enquanto madornas,
Sinto tua respiração ardente
E as batidas de teu coração cadente...
Então, te digo coisas que não ouves
E te falo de sonhos que nunca soubes...

Enquanto descansas...
Depois de nosso amor louco,
Forte e suave, de tudo um pouco,
Satisfeita e agradada, desperta proponho...
E no beijo te enalteço, te amo, te sonho!

Enquanto viajas,
Entre o prazer e o cansaço,
Cuido de ti e te envolvo em meus braços...
Sorrio das lágrimas, te faço poesia,
Na espera que a noite possa ver o dia...

E, enquanto tu vais...
Eu fico! Mas, não sós...
Corpo e alma não se separam jamais!
Quando partes, me leva contigo...
E, quando não vou... ficas comigo!

Confissão

"Páginas ao vento em confissão
Luas de setembro, céus em minhas mãos
Nuvens em assombro e procissão
Luas que me lembram noites que virão
Abre-se a razão sobre a razão de ser
Como no instante de te ver
E eu vejo a vida vindo ao meu encontro
E vejo agora o que amanhã chegar
Eu tenho os olhos sobre o teu encanto
E tudo a desvendar
Os quatro cantos desse mundo
Eu tenho a febre feita de alcançar
E tenho a força bruta das palavras
Ditas para amar

Mágicos inventos de verão
Luz e movimento, tempo em prontidão
Chamas de um incêndio e mansidão
Noites que amanhecem dias que virão
Abre-se o clarão sobre a razão de ser
Como um milagre a percorrer
E eu tenho o sol guiando meu caminho
E tenho as senhas pra te conquistar
Eu tenho o norte sob o fio da espada
E cada dia a me esperar
Nos quatro cantos desse mundo
E tantos quantos tenha de alcançar
Eu tenho a sorte de viver cantando
E o céu a me ajudar."
(Nei Lisboa)


sábado, 26 de setembro de 2009

Sou ariana...



*ÁRIES*

(de 21 de março a 20 de abril)



Branca, preta ou amarela
A ariana zela.

Tem caráter dominador

Mas pode ser convencida

E aí, então, fica uma flor:
Cordata... E nada convencida.

Porque o seu denominador

É o amor.

(Vinícius de Moraes)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Um desejo de ti

"Tudo é o tempo que será
O teu sonho, o teu olhar
Pela janela que se abre e onde passas
Tudo é o meu corpo a percorrer
Um caminho em teu querer
Quando te escuto me chamar

Me chama pela tarde
A vida é tão suave e eu me vou
Vou por entre os cabos, centelhas de mensagens é o que sou

Eu não quero te perder
Eu não quero te prender
Eu só quero te encontrar, uma manhã e um pouco mais

Um desejo de ti

Um desejo de ir
Pela estrada " para que tu

Permita-me te existir...

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Manhã - Ana Carolina

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A música de ontem...



A música que ouvi não é a mesma de ontem...Escutarei instrumentos abafados, timbres suaves, um frisson da hora. Elementos novos, alguns dissolvidos por cordas, outros afobados por sopros. Um toque numa nota nova, nota inventada. Nenhum Mozart, Bach nem Villa dos novos anos descobrirá. Uma nota desmembrada, não há dó, ré, mi que o faça. Nem palavras. Só os ouvidos de fora que interagem com os de dentro poderão entender. É barulho de gente. De gente formada por espectros especiais. De gente que não entende, mas sente. Sentir é existir na beleza da criação.



Os homens são de ... e as mulheres de ...





Tá vênus?
Eu tô urano de amor.

Até que a marte nos reparte,

eu vou!


.

domingo, 20 de setembro de 2009

Dance with me

Let's dance little stranger
Show me secret sins
Love can be like bondage
Seduce me once again

Burning like an angel
Who has heaven in reprieve
Burning like the voodoo man
With devils on his sleeve

Won't you dance with me
In my world of fantasy
Won't you dance with me
Ritual fertility

Like an apparition
You don't seem real at all
Like a premonition
Of curses on my soul

The way I want to love you
Well it could be against the law
I've seen you in a thousand minds
You've made the angels fall

Won't you dance with me
In my world of fantasy
Won't you dance with me
Ritual fertility

Come on little stranger
There's only one last dance
Soon the music's over
Let's give it one more chance

Won't you dance with me
In my world of fantasy
Won't you dance with me
Ritual fertility

Take a chance with me
In my world of fantasy
Won't you dance with me
Ritual fertility


sábado, 12 de setembro de 2009

Xeque-mate


Sei que você deve estar somente passando os olhos por aqui, mas já aviso que ele foi feito pra você. Sim, eu sei exatamente que o VOCÊ está lendo, sei a cor dos seus olhos, do seu cabelo, sua idade e onde você mora. Mas também não sei muito.
Isso aqui é uma arapuca, uma ratoeira, e esse mistério sem sentido é o queijo que pus pra te prender, e se seus olhos ainda estão pousados nestas linhas, está dando certo.
O porque de tudo isso, toda essa metáfora, figura de linguagem? Me dá um crédito e leia até o final, colocar as palavras - e ordená-las - não é tarefa fácil quando o assunto é paixão, amores e desamores.
Não faça essa cara de espanto !!! Falei que era uma arapuca. Sim, estou apaixonado por você, mas esqueça as margaridas e os bem-me-quer.
Sei que assuntos ligado a essa temática sempre requerem um feedback, um retorno, e sei também que não é esse caso. Isso aqui não é um investimento, sequer tenho expectativas que isso dê em algum lugar.
O amor é feio e a paixão é repelente quando não correspondidos. Uma forma bem prática de
afastarmos alguém é dizer que a ama. Não entendo esse medo irracional de sentir-se mal por não sentir o mesmo. E afastando-se é a maneira que pensamos ser correta pra não fazer alguém sofrer. Sejamos maduros e não vamos cair no mesmo erro, ok?
Eu estou apaixonado por você e acordo todo dia as 06:00 pra ir trabalhar. Estou apaixonado e continuo indo sozinho no cinema as terças-feiras. Estou apaixonado e nada me inibe de sair sábado a noite, visitar alguns amigos, entrar em site pornô e continuo indo na academia, mas confesso que pensar em você tem sido um ótimo álibi para aquela sessão extra de abdominais.
Estou apaixonado por você mas não fantasio, não te idealizo, apenas te desejo. É um desejo grande mas que não bota medo, que em nada tem a ver com aqueles filmes da sessão da tarde, com amores de verão, sequer tem a ver com amor. Tem a ver com um sei-lá-o-que, um platonismo sadio de te querer por perto, fantasiar-te em coisas simples, uma felicidade sem destino mas que está me fazendo um bem danado.
Porque estou apaixonado por você? Responda você mesmo, porque lógica não achei nisso. Você gosta de algumas músicas que eu gosto, pensa sobre relacionamentos da mesma forma que eu. Discordamos no trivial e concordamos no essencial, e acho que mesmo que fosse o contrário, ainda estaria apaixonado.
Apaixonar-se nada tem a ver com o que se tem, se cultua, se pensa. Isso são apenas referências, e tendo em vista isso, nada mais posso te dizer.
Se eu te amo não diz tudo, dizer-se apaixonado explica ainda menos.
(Luis Dutra)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Atenção


Atenção
Essa vida contém cenas explícitas de tédio
Nos intervalos da emoção

Atenção
Quem não gostar que conte outra,
encontre, corra atrás,
enfrente, tente, invente
sua própria versão

Aqui não tem
segunda sessão
Aqui não tem
segunda sessão
(Arnaldo Antunes)

domingo, 6 de setembro de 2009

Estranha segunda...



"Estranha segunda
parece que
alguma coisa
falta
uma sensação de vazio
como quando você toca
um fantasma

a condição humana é feita de vazios
eu sempre digo pra todo mundo
que é preciso aceitar isso
e não ficar tentando preenchê-los
mas tem vezes que essa estrutura espôngica
que é a nossa
fica tão forte
quase insuportável."
(Dudus)

Talvez tudo, talvez nada


Hoje nao tem post...

Nem paciência..

Nem olhos úmidos...

Nem soro fisiólogico...

E ficou
Umas mudinhas de amor - eterno..

Alguns vazinhos secos..

Vinho roubado da minha mãe...

Chico Buarque ecoando gracinhas ao meu ouvido...

O cachorro lambendo o gato...

Lemiskão bem alí... me pedindo mais uma chanche...

Quer saber?...vou viajar!

Volto já...

Beijo e se liga!
()

Psiuuuuuuuuuuuu


Ninguém se mova!
Nem eu nem você.

Cala!
Ninguém fala!
Nem eu nem você.

Vem!
Nada de beijo
Vamos ver quem aguenta
O silêncio.

Eu sabia!
Você não aguentaria
A grande loucura
De ser amado.
(

sábado, 5 de setembro de 2009

Os Universos


O inconformismo é a fonte da arte.

"Há uma pilha de livros em cima daquela mesa. São livros de arte. São livros grandes com grandes imagens. Cada livro é de um pintor situado algures na corrente temporal da história da arte. Mas nada disto é bem assim. O que lá está são vários universos. Cada pintor criou o seu. Universos paralelos empilhados numa torre ascendente. Os esfuminhos de Leonardo, as bocas rosadas de Botticelli, as mulheres de Modigliani, os azuis de Chagall. Universos paralelos vivendo em uníssono com o nosso. Lado a lado como aqueles descritos por místicos e xamãs. Um universo só não basta. O inconformismo é a fonte da arte. Essa infelicidade permanente com o tão pouco que se tem. Mais um pouco de rosa nas tuas faces rosadas – diz o pintor ao modelo. Mais luz no fundo do teu olhar e o mundo será perfeito. Uma última pincelada dada como a última ordem da batuta numa sinfonia e remata-se outro mundo na tela. Esse novo mundo agora transborda enfim livre dirigindo-se ao nosso olhar. Não o recusamos, antes o desejamos. A obra é a citação de um universo inteiro." (Cynthia Guimarães Taveira)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A vida é...


«A vida é a hesitação entre uma exclamação e uma interrogação. Na dúvida, há um ponto final.»
(Bernardo Soares / Fernando Pessoa)

Releio?


Releio? Menti! Não ouso reler. Não posso reler. De que me serve reler? O que está ali é outro. Já não compreendo nada..."
(Bernardo Soares, in Fernando Pessoa)

Solidão


"A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes da emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre."

(Vinicius de Moraes)


"Tudo quanto o homem expõe ou exprime é uma nota à margem de um texto apagado de todo. Mais ou menos, pelo sentido da nota, tiramos o sentido que havia de ser o do texto; mas fica sempre uma dúvida,e os sentidos possíveis são muitos."
(Bernardo Soares, in Fernando Pessoa)

Há palavras...


"Há palavras que nos beijam...
outras, rasgam-nos a alma."

Quero ainda


"Quero ainda
brincar com estrelas
acreditar que tudo sarou
adormecer e com a lua acordar um duende

lamber os dedos ao término do sorvete
ver os meninos de rua
vestir um short e conhecer sua canção valente


esquecer de crescer por horas a fio
bater um tambor, tirar algum som da flauta esquecida
virar a casaca, escalar nuvens, subir escadas de neon...

deitar na relva, regar sem pressa meu jardim
colher sementes de esperança
nas asas dos colibris...

despir-me das feituras
esquecer dos papéis que interpretei e
sem vinho, à santa loucura (poesia) entregar-me

e, preparar-me para dar-te
se desejares,
o frescor aromático das manhãs..."

Rebelião dos Sentimentos


"Não deveria estar triste,
Mas de fato estava.
Queria não ter ansiedade,
Mas estava ansioso.

Desprezava a autopiedade,
Mas sentia-se fraco para abandoná-la.
Queria mover-se rapidamente,
Mas seus passos estavam inertes.

Tinha o ideal de muito construir,
E a realidade só fazia destruir.
Almejava a explosão de forças,
Mas deprimia-se acuado.

Poderia se entregar ao medo,
Mas se enchia de coragem agressiva.
Caído, fazia-se impiedoso consigo.
Zombava de si, e desafiava-se à luta.

Erguia o punho à indiferença do tempo,
Rebelava-se contra o determinismo.
Atraía-lhe o afeto da suave chuva,
Mas o coração queria tempestade.

Rejeitava o mundo externo
E mergulhava na sua intimidade.
Um jogo de realidade e ilusão,
A verdade lutando com a mentira.

E quem pode dizer o que é certo?
E quem pode afirmar o errado?
Meros servos da moral que somos,
Ainda longe da filiação da ética.

E toda dignidade pode ser encenação.
E todo idealismo, exercício de hipocrisia.
E então possuidores, seremos desprovidos.
Crentes da riqueza, seremos miseráveis.

A dor aguda pode anestesiar.
O marasmo pode tornar-se costume.
A indiferença pode justificar a covardia
E muito querendo, pode-se ter nada."
(Gilberto Brandão Marcon)