"Você era uma pequena folha que tremeu em meu tórax. O vento da vida a pôs lá. Em um princípio eu não a vi: eu não soube que você foi caminhando comigo, até suas raízes furarem meu tórax, se uniram às linhas de meu sangue, falaram por minha boca, e floresceram comigo." (Pablo Neruda)
"Quando penso em você, fecho os olhos de saudade Tenho tido muita coisa, menos a felicidade Correm os meus dedos longos em versos tristes que invento Nem aquilo a que me entrego já me traz contentamento Pode ser até manhã, cedo, claro, feito dia Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria Eu só queria ter do mato um gosto de framboesa Prá correr entre os canteiros e esconder minha tristeza Que eu ainda sou bem moço prá tanta tristeza E deixemos de coisa, cuidemos da vida, Pois se não chega a morte ou coisa parecida E nos arrasta moço sem ter visto a vida."
Seedbeds (free translation)
"When I think about you, I close my eyes of nostalgia I have had much things, less the happiness My long fingers run in sad verses that I invent Nothing what I do give me satisfaction It can be until morning, early, clearly, made day But nothing of what they say to me, makes me to feel joy I only wanted to have of the weeds a raspberry taste To run between the seedbeds and to hide my sadness That I am so young for much sadness And let us leave of thing, let us take care of the life Therefore if the death or similar thing does not arrive And drag us still young, without see the life."
Não havia nada que eu pudesse fazer, mas eu fiz. Alcançar tal coisa era impossível, e eu a busquei. Não havia mais esperanças, e eu as mantive.Não restava tempo para mais nada, mas eu lutei até a última hora. Não queriam mais. Eu insisti. A última palavra havia sido dada, mas eu ainda assim falei. Enfim... Estou passando pela vida e tudo vai se fechando. Mas a felicidade está em mim. Pois se nada tenho, por tudo lutei. E sem me arrepender de nada, poderei dizer eternamente que tentei...
"Eu perco o chão. Eu não acho as palavras. Eu ando tão triste. Eu ando pela sala. Eu perco a hora. Eu chego no fim. Eu deixo a porta aberta. Eu não moro mais em mim. Eu perco as chaves de casa. Eu perco o freio. Estou em milhares de cacos. Eu estou ao meio. Onde será que você está agora?"
Ando tão à flor da pele, Que qualquer beijo de novela me faz chorar, Ando tão à flor da pele, Que teu olhar flor na janela me faz morrer, Ando tão à flor da pele, Que meu desejo se confunde com a vontade de não ser, Ando tão à flor da pele, Que a minha pele tem o fogo do juízo final.
Um barco sem porto, Sem rumo, Sem vela, Cavalo sem sela, Um bicho solto, Um cão sem dono, Um menino, Um bandido, Às vezes me preservo noutras suicido.
Oh sim eu estou tão cansado, Mas não pra dizer, Que não acredito mais em você Eu não preciso de muito dinheiro graças a Deus Mas vou tomar aquele velho navio, Aquele velho navio..
Um barco sem porto, Sem rumo, Sem vela, Cavalo sem sela, Um bicho solto, Um cão sem dono, Um menino, Um bandido, Às vezes me preservo noutras suicido.
"Sou todo e tão quebrado que não sei que parte de mim gosta de ti. E assim vou compondo em meus fragmentos os meus amores partidos aqui e ali..." (Francisco Carvalho Júnior)