O mundo me condena, e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidăo sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Năo me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro, mas năo compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava
Dessa gente que cultiva hipocrisia
(Noel Rosa)
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